Até 1917, o Império Russo era uma monarquia absolutista sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.
Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha a maior população da Europa, com cerca de 171 milhões de habitantes em 1914. Esta população era formada por povos de diversas etnias, línguas e tradições culturais. Cerca de 80% dela era rural e 90% não sabia ler e escrever, sendo duramente explorada pelos senhores feudais. Com a industrialização foi-se estabelecendo progressivamente uma classe operária, igualmente explorada, mas com maior capacidade reivindicativa e aspirações de ascensão social.
Sofria também com o maior problema social do continente: a extrema pobreza da população em geral. A situação de extrema pobreza e exploração em que vivia a população tornou-se assim um campo fértil para o florescimento de ideias liberais e socialistas, que invadiam no país, desenvolvendo uma consciência de revolta contra os nobres.
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