Uma boa parte da nobreza rural não se adaptou à "conversão para uma produção de mercado". Nos Zemstvos, assembléias provinciais, os representantes da nobreza formavam opositores moderados do governo: protestavam contra a política de elevação das tarifas alfandegárias destinada a favorecer a industrialização, mas que não beneficiava a agricultura; mostravam-se também favoráveis a instituição de uma Monarquia constitucional.
A questão agrária agravou-se com as reformas empreendidas pelo Ministro Stolypin, a partir de 1906, autorizando os camponeses a se retirar da comunidade com sua parcela de terra e a procurar fortuna com o auxílio do Banco Camponês. Isto só favoreceu os "kulaks", pois no mir procedeu-se à partilha definitiva. Desaparecendo a solidariedade aldeã, os camponeses mais pobres viram-se obrigados a vender seu lote para enfrentar o risco. Criou-se, dessa maneira, um fosso no mundo rural entre o campesinato pobre e sem terra e a burguesia rural, cada vez mais rica.
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