A Revolução Russa já estava anunciada desde 1905. O regime czarista estava minado por várias forças contrárias: a oposição política da nobreza liberal e da burguesia, as manifestações de operários e camponeses, o crescimento dos partidos socialistas e a insatisfação das minorias nacionais submetidas ao Império Russo e obrigadas a adotar a religião, a cultura e a língua russa, em detrimento das suas.
A Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial despreparada para uma guerra moderna e de longa duração. É verdade que seu exército possuía o maior contingente de toda a Europa, mas o comando era ineficiente, não havia apoio logístico, faltavam armas e as táticas de guerra eram ultrapassadas.
No final de 1916, o exército russo estava próximo da ruptura. Perdera cerca de 5 milhões de soldados, entre mortos, feridos, doentes ou aprisionados pelos inimigos. Em princípios de 1917, o exército russo era uma enorme massa de soldados cansados, maltrapilhos, famintos e desarmados, desejosos da paz e enraivecidos com o imperador. A Rússia estava à beira de uma revolução interna muito mais séria e radical do que a de 1905.
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