No século XX o Estado russo ainda era uma Monarquia Absoluta. O Czar governava amparado socialmente na nobreza rural e em uma burocracia ("nobreza de função").
Nesse clima, organizaram-se os partidos políticos de oposição que, por não terem liberdade de expressão, atuavam na clandestinidade até 1905 e no amparo de ideologias importadas do Ocidente.
Durante a década de 1840, o desenvolvimento das opiniões tinha originado na Rússia duas atitudes gerais, convencionalmente chamadas de Eslavofilia e de Ocidentalismo.
Os ocidentalistas consideravam a cultura ocidental européia corno superior, desejando difundi-la na Rússia; acreditavam na Ciência, no governo constitucional, nos valores liberais e eram contra a servidão.
Os eslavófilos afirmavam a singularidade do passado nacional russo, resistindo à entrada das idéias do Ocidente, que consideravam "decadente e nas garras de um nacionalismo materialista"; com grande fervor místico, ligados à Igreja oficial, acabaram por identificar-se com o Czarismo, fazendo a propaganda do Pan-Eslavismo que justificava uma política expansionista russa nos Bálcãs.
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